
Álvaro promete “todos os esclarecimentos” sobre as obras da nova sede do BdP: “Quem não deve não teme”
O tema da independência mantém-se presente na discussão na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Em resposta a questões colocadas pelo PSD e pelo PS, Álvaro Santos Pereira é confrontado com as dúvidas levantadas no processo das obras da nova sede do Banco de Portugal, decidas pelo governador Mário Centeno.
Para o ainda economista-chefe da OCDE, “faz todo o sentido reunir num edifício central”, para poupar recursos e juntar equipas. Mas quanto ao processo para as obras da nova sede do banco central, nos terrenos da antiga Feira Popular, em Lisboa – que levantou dúvidas de ilegalidade – disse que não comenta.
Mas admitiu que o BdP “pode ser auditado” sobre o tema. “Quem não deve não teme. O BdP tem de prestar e irá prestar todas as informações necessárias”, garantiu.
“O BdP tem de dar todos os esclarecimentos possíveis. Se for entendido que há auditoria tem de ser feita nos termos da lei orgânica do BdP e do Ministério das Finanças”, disse, admitindo que também pode ser ser chamado a pronunciar-se o Tribunal de Contas.
Álvaro Santos Pereira não se pronunciou sobre a nomeação de Álvaro Novo como chefe de gabinete do governador a poucos dias de Mário Centeno deixar o cargo. Mas disse que o ex-secretário de Estado do Tesouro não continuará no cargo, que é de confiança e proximidade, defendeu.
“Um chefe de gabinete tem de trabalhar muito de perto com governador. O meu chefe de gabinete não vai ser o Álvaro Novo, vai ser Filipa Santos, a minha antiga chefe de gabinete“, disse.