Portugal emitiu esta quarta-feira 1.750 milhões de euros em dívida de curto-prazo. A procura por bilhetes do Tesouro mais do que duplicou face à oferta nas duas maturidades, de acordo com os resultados da operação que estão a ser avançados pela Bloomberg, embora o juro tenha aumentado ligeiramente face à última emissão comparável.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP emitiu mil milhões de euros em dívida que vence em setembro de 2026, tendo a taxa de juro sido fixada em 2,009%, enquanto no prazo ligeiramente mais curto, que vence em julho de 2026, foram angariados 750 milhões de euros, com o juro a ficar nos 2,005%. A taxa de juro foi ligeiramente mais elevada do que a registada nas últimas emissões.
No último leilão comparável, com maturidade a 12 meses, realizado em julho deste ano, a agência angariou mil milhões de euros com um juro de 1,906%. Já no caso da emissão a dez meses, é a primeira emissão deste tipo realizada este ano, mas em junho o IGCP captou numa emissão a 11 meses 750 milhões de euros com um cupão que também ficou abaixo dos 2%, em 1,941%.
A procura manteve-se robusta, mas também cedeu face a anteriores operações. A 10 meses, superou a oferta em 2,16 vezes (o que compara com 3,22 vezes em junho numa emissão a 11 meses) e a 12 meses em 2,19 vezes (face a 2,83 vezes em julho). Apesar da diminuição do apetite dos investidores, Portugal conseguiu angariar a totalidade do montante permitido.
