A luta contra a IPTV e os sites de streaming ilegal tem crescido muito nos últmos anos, com cada vez mais ações. Agora, há mais um golpe global contra a pirataria com uma das maiores operações da história, visando especificamente o site de conteúdos ilegais Streameast. No entanto, há muitas dúvidas.
De acordo com informações partilhadas pela Alliance for Creativity and Entertainment (ACE) – que inclui a Amazon e a Netflix – foram encerrados 80 domínios associados a esta rede de conteúdos ilegais. Esta rede teve mais de 1,6 mil milhões de visitas no ano passado. Esta plataforma era, portanto, a maior rede de conteúdos desportivos ilegais ao vivo do mundo.
A plataforma Streameast e todos os domínios associados disponibilizavam aos utilizadores o acesso não autorizado a jogos de diversas competições de futebol de vários países. Além disso, os utilizadores podem também assistir a outras competições internacionais de futebol ao vivo. Era ainda possível aceder a conteúdos de outras competições , como a NFL, a NBA, artes marciais mistas ou a Fórmula 1 e o Moto GP.
Na operação para derrubar o Streameast, foi identificado tráfego de vários domínios originários sobretudo de países como os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Filipinas e Alemanha. Esta ação decorreu com a ajuda das autoridades egipcias
No entanto, o principal operador do Streameast, conhecido como Quick, confirmou no Discord que a ACE não fechou este site. Visou sim outros que são cópias falsas do original. “Não temos qualquer ligação a esses sites (nem somos egípcios)”, brinca Quick no Discord. “Não fomos alvos de qualquer intrusão e os nossos serviços de streaming operam normalmente. Como sempre dizemos: não usem sites falsos”.
De acordo com informações adicionais, a operação resultou na detenção de dois homens em El-Sheikh Zaid (Egipto). Estes foram presos sob acusações de violação de direitos de autor e no confisco de computadores portáteis e telemóveis com acesso a sites ilegais.
Da mesma forma, a investigação resultou na apreensão de cartões de crédito e dinheiro, bem como numa possível ligação a uma empresa de fachada sediada nos EAU, alegadamente utilizada para branquear receitas de publicidade no valor de 6,2 milhões de dólares desde 2010. Além disso, o rasto levou a outros 200.000 dólares em criptomoedas, enquanto as suspeitas apontam para a aquisição de imóveis no Egito usando este rendimento.