
É diretor do Instituto Caucasiano para a Paz, a Democracia e o Desenvolvimento, em Tbilisi, na Geórgia, e professor de ciência política na Ilia State University. Ex-ministro da Educação e Ciência, é um observador inquieto face à reaproximação do seu país à Rússia e considera que a “Geórgia caminha para uma autocracia plena”. “Nos últimos anos, sobretudo após a invasão russa da Ucrânia, o país afastou-se das suas linhas orientadoras, assentes em duas ideias-chave: a integração europeia e euro-atlântica, como pilar da política externa, e a democracia liberal, como base da política interna”. Em novembro de 2024, suspendeu as negociações de adesão à UE. Analisando as ambições do Kremlin, acredita que a principal motivação de Putin é o ressentimento em relação ao Ocidente. “Quer na Geórgia, na Ucrânia ou noutros lugares, procura combater e humilhar o Ocidente, vingando-se, assim, das humilhações que a Rússia terá sofrido.” Ghia Nodia esteve em Portugal no Estoril Political Forum, organizado pelo Instituto de Estudos Políticos (IEP) da Universidade Católica Portuguesa.