
Ásia fecha com maioria de ganhos. Softbank Group pulou 10%
Os índices asiáticos fecharam a sessão em terreno dividido, com o Japão, a Coreia do Sul e a China continental a subirem, enquanto a Austrália e Hong Kong cederam. O índice MSCI Ásia-Pacífico manteve-se inalterado após cinco dias consecutivos de ganhos. Pela região, as ações tecnológicas voltaram a impulsionar a maioria dos índices, à medida que a esperança de cortes de juros por parte da Fed tem vindo a alimentar valorizações para os ativos de risco a nível global. Os futuros europeus seguem inalterados.
Entre os principais índices chineses, o Shanghai Composite subiu 1,43%. Já o Hang Seng de Hong Kong cedeu 0,14%. Pelo Japão, o Nikkei valorizou 1,21% e o Topix subiu 0,23%. Já o sul-coreano Kospi manteve-se perto de máximos históricos, tendo fechado a sessão a avançar 0,60%.
As cotadas do setor tecnológico, incluindo a Taiwan Semiconductor Manufacturing (+1,22%), alimentaram ganhos para a região. O Softbank Group (+9,86%), liderou os ganhos atingindo um novo recorde, depois de a Arm Holdings, detida pelo grupo japonês, ter valorizado nas negociações de quarta-feira em Nova Iorque.
Na China, as cotadas do setor farmacêutico, como a Fosun (-0,86%), a CSPC Pharmaceutical Group (-7,40%) e a Sichuan Kelun Pharmaceutical (-2,22%), caíram após um relatório citado pela Bloomberg ter mostrado que a Administração Trump tem vindo a discutir restrições significativas aos medicamentos provenientes do país asiático.
Pela Coreia do Sul, a Samsung (+0,55%) e a SK Hynix (+1,81%) impulsionaram o principal índice do país. O Kospi já subiu mais de 38% até agora este ano.
Dados económicos vindos dos EUA acalmaram as preocupações de que a inflação elevada criaria um desafio para os decisores de política monetária no país. “Os investidores estão agora a ponderar até que ponto os dados sobre o emprego em agosto, as revisões de referência e o PPI devem impulsionar uma conversa sobre um corte de 50 pontos base na próxima semana”, disseram à Bloomberg Ian Lyngen e Vail Hartman, da BMO Capital Markets. “Continuamos a defender um corte de 25 pontos-base. Para que um corte de meio ponto seja uma possibilidade real, o movimento do IPC subjacente de amanhã terá de ser abaixo do esperado”, acrescentaram os especialistas.
E ainda no plano da política monetária, esta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) deverá manter as taxas de juro inalteradas. Noutros locais, o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, comprometeram-se a retomar as negociações comerciais, de acordo com a Bloomberg, após semanas de disputas entre Washington e Nova Deli sobre tarifas e compras de petróleo russo.