A Autoridade da Concorrência (AdC) está a avaliar se a subida de preços verificada na saúde privada se deve às fusões e aquisições que se têm registado no setor, com compras de participações em hospitais, clínicas e outras entidades, escreve, esta segunda-feira, o Público. Segundo o jornal, esse é, aliás, o motivo para o regulador ter decidido aprofundar a investigação aos efeitos da compra do Hospital Particular do Algarve (HPA) pela CUF, uma operação que junta dois dos cinco maiores operadores.
“A AdC encontra-se a reunir elementos que permitam avaliar se existe um nexo de causalidade entre a pressão para aumento de preços que, alegadamente, se tem observado e o referido processo de consolidação do setor ou se, ao invés, a referida pressão negocial resulta de fatores externos, como a inflação, ou outros fatores exógenos (por exemplo, dificuldade crescente no acesso a recursos humanos)”, diz a entidade liderada por Nuno Cunha Rodrigues, ao jornal.
Entre 2020 e 2025, foram notificadas onze operações de concentração envolvendo, pelo menos, um dos cinco maiores operadores do setor: CUF, Luz Saúde, Lusíadas, Trofa e HPA.
