
Petróleo sobe com aumento modesto da OPEP+ e perspetiva de novas sanções à Rússia
O petróleo inicia a semana em alta, recuperando parte das perdas da semana passada, apoiado no anúncio de um aumento modesto da produção pela OPEP+ e no risco de novas sanções contra a Rússia. A esta hora, o Brent valoriza 1,77%, para 66,66 dólares por barril, enquanto o WTI ganha 1,83%, para 63,00 dólares.
Segundo a Reuters, o movimento reflete o “alívio com a modesta subida da produção da OPEP+ e um suporte técnico após a queda da semana passada”. A aliança decidiu acrescentar apenas 137 mil barris por dia a partir de outubro, um ritmo bastante inferior aos aumentos recentes, sinalizando cautela perante a possibilidade de excesso de oferta no inverno.
A pressão geopolítica também dá força às cotações. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou estar preparado para avançar com uma segunda fase de sanções contra Moscovo, que poderá atingir diretamente os compradores de petróleo russo. “As expectativas de uma oferta mais limitada devido a potenciais novas sanções também estão a dar apoio”, acrescentou a Reuters, citando analistas.
De acordo com a Bloomberg, a decisão da OPEP+ surpreendeu pela rapidez, “numa reunião de apenas 11 minutos”, e mostrou a mudança de estratégia do grupo, que tem acelerado a reversão dos cortes em busca de maior quota de mercado. Ainda assim, a agência alerta que o fantasma de um excesso de oferta continua presente: a Agência Internacional de Energia prevê um excedente recorde em 2026, com o Goldman Sachs a projetar preços médios do Brent na casa dos 50 dólares por barril.
A procura chinesa, com um ritmo de armazenamento de cerca de 200 mil barris por dia nos últimos meses, tem dado algum suporte, mas analistas alertam que o país pode não ser capaz de absorver o excesso de crude esperado.