
“Foram três meses de conversações longas, mas muito positivas”, diz à VISÃO António Valle, diretor de campanha de Carlos Moedas, sobre o processo que trouxe os liberais para a coligação onde já estavam o PSD e o CDS. Apesar de a IL ter estado na oposição nos últimos quatro anos – e de não ter poupado Moedas, por exemplo, nos cartazes em que denunciava a sujidade da cidade –, Valle diz que tem havido uma “conversa fluida” com os liberais e que não se sentiram quaisquer “entraves” por parte dos novos parceiros.
“Chegámos a acordo sobre um conjunto de questões e por isso temos coligação”, acrescenta Rodrigo Mello Gonçalves, da IL, que põe no lote das razões para este entendimento com Moedas não só o programa, mas também a existência de “um bloco à esquerda”, que se formou com a coligação entre PS, Livre, BE e PAN. Mas nem por isso a IL se esqueceu da higiene urbana, que põe à cabeça das prioridades para a cidade, mas reconhecendo agora que o estado de degradação em que se encontra é também resultado de uma lei da Assembleia da República que, em 2012, tornou Lisboa a única cidade que tem essas competências transferidas em parte para as juntas de freguesia. Como é que o problema se resolve? A coligação de direita, Por Ti Lisboa, reserva mais dados para a apresentação do programa. “Queremos fazer uma reforma estrutural da higiene urbana. Ainda não posso adiantar mais. Há questões que decorrem da tal lei da Assembleia da República, outras que não. Ainda se está a ver como será a reforma estrutural”, limita-se a responder Rodrigo Mello Gonçalves.