Adesão da Ucrânia à NATO é um problema para o fim da guerra, diz Putin

Para que um acordo com a Ucrânia seja sustentável e de longo prazo, a raiz desta crise, que acabei de referir e que já mencionei repetidamente anteriormente, tem de ser eliminada“, disse o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, após a cimeira da Organização de Cooperação de Shangai (que juntou o líder russo aos líderes chinês e indiano).

Putin deixa assim claro que um dos pontos críticos da negociação de um cessar-fogo na Ucrânia está relacionado com a possível adesão da Ucrânia à Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO no acrónimo em inglês).

O líder russo diz que “um equilíbrio justo” na balança de segurança tem que ser estabelecido, referindo-se aqui também a outras movimentações da NATO e dos países europeus no domínio militar.

Vladimir Putin aproveitou ainda a ocasião para agradecer os esforços da China e da Índia “na facilitação da resolução da crise ucraniana”, cita a .

De acordo com informações anteriormente divulgadas, o fim da adesão da Ucrânia à NATO e a cedência de territórios ucranianos são duas exigências russas para que haja um acordo de cessar-fogo ou até mesmo um fim da guerra, que começou em fevereiro de 2022 após a invasão russa. A Rússia controla cerca de 18% do território ucraniano, incluindo a zona da Crimeira, invadida já em 2014.

Neste sentido, os EUA e a Europa começaram a trabalhar num , que poderá permitir ao país ter uma resposta militar mais robusta (em caso de futura invasão russa), mas sem pertencer oficialmente à NATO. Os países estão ainda a discutir os detalhes deste pacote de garantias.