
Em “breve”, as equipas de obstetrícia do Hospital do Barreiro serão transferidas para o Hospital Garcia de Orta, aguardando apenas a concentração em Almada dos cuidados urgentes às grávidas da Margem Sul do Tejo, avançou ao Expresso o gabinete de Ana Paula Martins.
“O despacho só depende da assinatura da ministra e não exige negociação. Está já com os juristas”, adiantam os assessores de Ana Paula Martins.
Os sindicatos ainda não receberam informação oficial sobre a concentração de serviços, mas garantem que não vai ser possível obrigar as equipas a mudarem de local de trabalho. Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos, afirma que a mobilidade forçada por despacho da ministra “não é possível fazer” e explica que “os acordos coletivos protegem os médicos da deslocação do seu local de trabalho”.
Também o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Nuno Rodrigues, garante que a “mobilização dos médicos terá de ser em regime voluntário”.
A atribuição de ‘prémios’ para as equipas mobilizadas está nos planos do Governo. Ana Paula Martins disse esta semana no Parlamento que vai compensar os profissionais.
“Vamos precisar de sete equipas completas para o Hospital Garcia de Orta e três de prestação de serviço. Temos de encontrar um modelo com mais compromissos e suplementos associados à mobilidade”, disse esta semana Ana Paula Martins, no Parlamento.